das sombras do medo
dos passos que andam lento
que soletram um segredo
o silêncio é feito de horas
horas que passam assim
como quem vai embora
mas fica dentro de mim
o silêncio é feito de dias
qual calendário rasgado
um silêncio de alegrias
nesta tristeza de estar calado
silêncio de meses e anos
silêncio de coisas gritadas
rumor de curvas e planos
feitas vielas e estradas
sim é este o silêncio
feito de boca calada
é este o silêncio
cheio de nada
(poema escrito por Carlos Figueiredo Queiroz, em 18 de janeiro de 2012)