sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Guardei uns sonhos
guardei uns sonhos
vivos mortos abandonados
na gaveta do tempo
lá cresceram folhas
verdes de esperança
vermelhas de gritos
guardei uns sonhos (é certo)
com a chave lá dentro
e o silêncio por escuridão
mas não me resignei
peguei no martelo
enchi-o de poder violento
e abri cada um dos sonhos
mas eles eram de papel
quase sempre escrito
eram de loucura
quase sempre força de dizer
vontades apagadas