quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Cheio de uma voz vazia
cheio de uma voz vazia
uma voz sem nada dizer
e com estas mãos ocas
mãos cheias de nada
sim cheio de uma voz vazia
lá vou passeando o silêncio
que digo escondido entre as letras
que o meu caminhar desenha
é assim cheio de uma voz vazia
que falo os gritos de fome e dor
que surgem tateando as palavras
onde escrevo poemas de voz vazia
(design artístico de Naty Esteves)