o nunca
é um hoje disfarçado
de tempo algum
o nunca
é ter parados em nós
relógios de solidão
o nunca
é este jamais existente
a ocasião do nada
o nunca
sou eu enredado
neste calendário sem dias
o nunca
sou este eu entediado
a ver-me aqui para sempre
Poemas e experiências poéticas. Os mais antigos foram publicados em suplementos culturais juvenis de extintos jornais diários portugueses: Diário do Norte, Diário de Lisboa, República, Memória do Elefante. Até os dias de hoje, procuro escrever uma poesia livre de sujeições, sejam elas de rima, métricas, etc. Admiro bastante o neorrealismo e o surrealismo. Os meus poemas, não devem, contudo, ser, sob qualquer pretexto, copiados, difundidos, ou modificados, sem autorização prévia do autor.