quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A árvore na janela


as palavras são filtradas
os gestos são insinuados
a luz são tímidos raios de som
que se apagam nos olhos

as bocas surgem tremidas
desenhando geometrias oscilantes
e os ouvidos são de cor verde
da cor da agitação do vento

já os berros eloquentes opinam
por entre as brisas das folhas
é assim a árvore na janela
que se abre para a liberdade

gesticula por todos os lados
emitindo penumbras nas mãos
é assim a árvore na janela
nas sombras que caem lá fora