tenho um baú de memórias
um cofre cheio de nada
cheio de passado infecundo
são eventos rasgados
dentro da vida na gaveta
bem lá dentro no fundo
são ousadas lembranças
rebuscadas na mente
recalcadas num segundo
são a cobardia do silêncio
um tempo blindado
cheio de todo o mundo
e é lá que me reinvento
sentado sobre muitos sonhos
neste caminhar vagabundo